Salomão Sampaio Madeiro - Obituário Print
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Monday, 11 February 2013 23:07

 

Y Barbalha-CE, 02 de Agosto de 1981. U Campinas-SP, 10 de Fevereiro de 2013

Este obituário objetiva registrar, relembrar e também homenagear as boas experiências havidas com Salomão Madeiro. Que sejam incluídos aqui comentários interessantes sobre a vida e o legado desse nosso colega que se foi tão jovem.
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Mensagens de Seus Amigos e Colegas

Moisés Danziger - Amigo e Colega de Pesquisa na UPE e Unicamp - 11/02/2013

"Salomão, o mais determinado, disciplinado e brilhante amigo que tive na vida. Em tudo era de um caráter ímpar, ser humano sem igual. Eu tive o prazer e privilégio de conviver com ele por 5 anos no mestrado e parte do doutorado. Sua integridade em tudo o que fazia era incrível. Sua perda representa para mim um vazio sem igual, uma ausência que jamais pensei. Era um menino e ao mesmo tempo um grande homem. Cheio de sonhos, expectativas e desejos. Palavras, palavras que não podem e jamais poderão expressar minha admiração, carinho e apreço por aquele que representava um amigo mais chegado que um irmão. Que sua luta pela integridade, determinação, zelo e disciplina seja fonte de inspiração para que no mundo haja sempre pessoas como ele. Que nós, enquanto acadêmicos, jamais esqueçamos do exemplo deixado por ele, a busca pela qualidade e não pela quantidade. A saudade é de matar..."


Fernando Buarque - Professor/Orientador de Salomão na UPE - 11/02/2013

"Salomão sempre foi um excelente Aluno, muito disciplinado, aplicado, agradável, inteligente, de fato, um dos meus mais brilhantes estudantes que tive o privilégio de ter! Seus zelo e cuidado com detalhes eram ímpares! Como seu professor na graduação e orientador no mestrado me custa acreditar que perdemos um jovem tão talentoso, cuja carreira seria muito promissora!  Lembrarei dele sempre por seu apego à pesquisa e por sua persistência. Um dos nossos algoritmos de maior sucesso foi da lavra direta de Salomão, o dFSS - ainda hoje um dos melhores algoritmos de busca multi-modal do mundo. Eis ai um legado que até poucos doutores têm! A partir de hoje vou me referir ao dFSS, como FSS versão SSM, essas que são as iniciais de Salomão e que ele sempre usava nos eMails. -Certamente uma grande perda para todos os seus amigos e colegas de pesquisa. Assim como na relação Pais-Filhos, Alunos nunca deveriam 'passar' antes de seus professores!"

 

Hamilton Melo Ferreira - Amigo e Colega no LBiC/Unicamp - 14/02/2013

"Inteligente, sensato, determinado, sensível, brilhante, alegre... Consigo pensar em muitas qualidades, mas não conhecia um único defeito. Sinto saudades da sua presença no lab, das nossas conversas durante o café... Lembro-me dos seus planos, dos seus pensamentos. Estou muito triste."

 

Anthony Lins - Colega de Pesquisa e Parceiro na AIBOX - 14/02/2013

"Tive o prazer de conhecer Salomão por uma dessas coincidências do destino, é que por alguns meses a irmã dele recém-casada foi nossa vizinha de porta. Depois nos encontramos nas andanças das pesquisas junto ao FSS, que ele grandemente apresentou uma nova abordagem, com toda a sua organização e didática característica. Era uma pessoa boa, tanto que quando Fernando e Carmelo, me chamaram para fazer parte do embrião da AIBOX, juntamente com o outro ex-aluno Flávio Oliveira, vi que ali estava se formando um grande time. Mas por questões outras, acabamos eu e ele deixamos a empresa ficando o Flávio. Salomão, tinha uma inteligênia rara, acredito que seria um dos grande nos do Brasil, e que todos nós de alguma forma tivemos a honra de um dia sentar ao lado dele. Fica na paz meu camarada. E até a próxima."

 

Marcelo Pita - Amigo e Colega de Pesquisa na UPE - 14/02/2013

"Não poderia cair no esquecimento o fato de ter sido Salomão meu parceiro de Pesquisa nos primeiros momentos de minha iniciação no CIRG-UPE (ainda não tinha esse nome), quem me forneceu os primeiros entendimentos sobre inteligência computacional bioinspirada e quem me ajudou na minha primeira publicação científica. Devo declarar que esses fatos não caíram no esquecimento não apenas por causa de sua evidente competência técnica, capacidade de trabalho e seriedade, mas principalmente por causa de sua amizade, honestidade, bondade e consequente generosidade ao longo de todo o tempo de convívio na UPE. Tenho certeza de que Salomão era assim com todos. Custa-nos pensar que esta mente não mais se expressará entre nós. Resta-nos tentar entender que esta é a vida, guardando as muitas boas lembranças de Salomão, que no meu caso as tenho como momentos de crescimento. Muita paz para todos nós."

 

Romis Attux - Professor na Unicamo - 14/02/2013

"Foi para mim um grande choque receber a notícia do falecimento do Salomão. Infelizmente, não tive o privilégio de conviver com ele tanto quanto gostaria, mas nossa interação ao longo de sua passagem pela UNICAMP foi sempre muito agradável. Guardarei com carinho a lembrança de sua constante gentileza e de seu jeito, que transmitia uma rara nobreza de caráter. Deveria participar de seu exame de qualificação na próxima terça, dia 19/02. Não terei a chance de ouvi-lo expor o conteúdo de sua (ótima) monografia, mas ela será, para mim, uma recordação de sua excelência acadêmica. Para concluir esta pequena mensagem, queria apenas citar o último trecho da Bíblia selecionado por Brahms para formar o texto de seu “Réquiem Alemão”, uma passagem consoladora que tem vindo com frequência à minha mente nos últimos dias: “Sim, diz o Espírito, que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem” Apocalipse, 14, 13"

 

Nathália Ingrid Carvalho Silva – Colega de graduação na UPE - 14/02/2013

"Eu recebi a notícia da morte de Salomão por um e-mail enviado para nosso grupo de ex-alunos. A graduação acabou há alguns anos e, como geralmente acontece na vida, fazia um bom tempo que não nos falávamos. Ainda assim, pra mim foi um choque grande receber essa notícia. Eu nem acreditei. Tive que ler o nome no e-mail várias vezes. Lia e voltava, pra ter certeza de que era o Salomão com quem estudei vários anos na Poli. Provavelmente muitas vezes não fica evidente, não existe uma “cara”, uma expressão, um ato que indique que alguém está prestes a, não sei, se desesperar e tomar decisões extremas. Mas está sendo difícil entender que ele tomou essa. O cara sempre foi gente boa, inteligente e humilde. Porque, tem aqueles caras que sabem que são inteligentes e que se acham. Esse aí não. Ele tinha toda atenção e boa vontade pra te explicar desde qualquer besteira a algo complexo, e na boa. Desde que soube do que aconteceu fiquei lembrando da nossa época da graduação. Ontem demorei um tempão pra dormir pensando e pensando “Por quê?” “Como assim?”... Mas, é. Tem coisas que a gente nunca vai saber. Eu só espero que agora ele esteja bem."

 

Amanda Leonel - Amiga e Colega de graduação e iniciação científica na UPE - 15/02/2013

"Salomão, meu amigo, nós éramos "irmãos de orientador" (eu era "caçula" na época), foi assim que nos conhecemos. Fomos colegas de Iniciação Científica no Nupec, no tempo em que entrar no DSC com crachá era um "privilégio", mesmo que o sistema da porta nos prendesse do lado de dentro (ou de fora), e um precisasse socorrer o outro. Uma semana atrás, eu me lembrava de você, enquanto normalizava uns dados e criava .bat para umas simulações - coisas básicas que eu não sabia fazer naquela época, mas que você me ensinava com paciência. Sempre sereno e com sorriso no rosto, você conquistou meu respeito e admiração instantaneamente, porque era um dos alunos mais brilhantes e dedicados que já conheci em toda a minha vida acadêmica. Tenho algumas lembranças curiosas de você... Eu me lembro bem da vez que nosso orientador nos deu uma bronca, porque você havido submetido um artigo sem a aprovação dele: "Salomão, se este artigo for aceito, como eu vou explicar à sua mãe que não posso mandá-lo pra China?!" ele exclamou. Semanas depois, o artigo não só foi aceito, como também ganhou o prêmio de melhor trabalho da conferência chinesa. Também fizemos pelo menos uma disciplina juntos, mas eu confesso que nunca consegui acompanhar sua velocidade de raciocínio... era mais do que apenas 1 ano de curso o que nos separava. Quando você passou no doutorado da Unicamp, 1 ano depois que comecei o mestrado no ITA, foi você que me ofereceu ajuda caso eu precisasse de algo em Campinas (recém-chegado, veja só!). E da última vez que nos encontramos pessoalmente, em Campinas, demos boas risadas perdidos com o GPS, não foi mesmo? Ouvir elogios sobre você era uma rotina agradável, principalmente vindos do nosso orientador e dos teus alunos de monitoria. Uma vez um colega me falou que poderia até faltar às aulas de certa disciplina, mas que jamais faltaria às tuas monitorias. Eles fizeram até uma "frase de impacto", acho que era: "Sem Salomão, você fica na mão". É assim que nos sentimos agora sem você, meu amigo... Eu prometi parar de chorar, porque acho que lá do Céu você não estaria feliz em nos ver tristes... Obrigada pelos momentos que passamos juntos, Salomão..."

 

Rogério Tibúrcio - Colega de Mestrado na UPE - 17/02/2013

"INSUPORTÁVEL VIVER
Não há como explicar o viver
Às vezes causa intenso sofrer
Não há como explicar o viver
A vida não deve se conter
Não há como explicar o viver
Sem razão... O que fazer?
Não há como explicar o viver
Não importa... Precisamos crer
Não há como explicar o viver
É difícil, mas... Deus tem poder
Não há como explicar o viver
Tantos levados sem responder
Não há como explicar o viver
Insuportável pode ser
Não há como explicar o viver
Onde estiver, colega, vai vencer
Não há como explicar o viver
Sem mais perceber
Não há como explicar o viver
Esperamos em Deus um novo amanhecer"

 

Ronaldo Matos – Cunhado - 18/02/2013

"Meu nome eh Ronaldo Matos, sou casado com Vanuska Madeiro, irma de Salomao... Salomao nao foi um cunhado, foi mais que um irmao, foi um amigo incondicional... Um companheiro de tenis , basquete, xadrez, war, poquer, warcroft, filmes nao comerciais... Uma mao amiga para todas as dificuldades, um ser sem preconceitos ou rancores, um cara da paz e da torcida pela justica e igualdade... Um intelecto brilhante e uma disciplina quase cega... Seus defeitos nao faziam mal a ninguem mais que ele mesmo,e sua necessidade de alcancar o inalcancavel talvez o tenham feito sofrer mais que imaginavamos... Salomao sempre apoiou a familia e os amigos, e nao seria agora que o condenariamos qualquer decisao considerada adequada por ele, nao tivemos oportunidade de conversar sobre isto com ele, nao conseguimos decifrar pequenas pistas eventualmente deixadas, e nem, tampouco, pudemos implorar pela reconsideracao, mas podemos dizer que estaremos sempre ao seu lado, nas boas, e nas mas decisoes... Lamento nao te ter por perto, amigo, pois nos adoravamos saber que voce estava do outro lado da rua... Sempre era o melhor programa do dia passar um tempo com voce, Van e as meninas... Falou, Salomonis..."

 

Diana Pamela Moya – Aluna de doutorado na FEEC-UNICAMP - 26/02/2013

"Salomão era meu companheiro de moradia e grande amigo É muito triste pensar que o grande amigo partiu, mas as lembranças suas vão ficar por sempre na minha memória "Grande Salomão". Uma pessoa admirável, porque eu admirava muito ele, respeituosa, inteligente e muito amigável. Lembrarei sempre dos jogos, dos filmes, das conversas, das corridas, dos risos, dos paseios e dos conselhos que eu sempre corria pra pedir pra ele, da sua intensa curiosidade por se informar e por aprender de tudo, de todos. Salomão sempre tão ativo e empolgado em tudo. Deixa um grande vazio no coração, mas sempre terei presente o privilegio que foi ter compartilhado esse tempo com ele e ter aprendido tantas coisas dele."

Last Updated on Tuesday, 26 February 2013 22:37